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    Manifesto Marginal

    Por quê Margem Entretenimento?

    A Margem Entretenimento nasceu em 2005, mas, no ano anterior, quando eu estava trabalhando como oficineiro de discotecagem no complexo da então FEBEM Tatuapé, localizado na Zona Leste de São Paulo, me veio à mente o que aqueles adolescentes teriam de alternativas concretas quando saíssem da internação e não estivessem mais sob a tutela do Estado  (não que isso significasse ou significa alguma coisa hoje em dia). A resposta era e continua sendo nítida pra mim: NENHUMA. O sistema me mandava o adolescente com as mãos inchadas causadas por tortura. Não sei se vocês sabem, mas numa oficina de discotecagem, precisamos das mãos para um correto aprendizado da profissão DJ.

    Saindo de qualquer unidade de internação, de qualquer presídio, de qualquer xilindró, eles voltam para o mesmo ambiente que proporcionou a ida deles àquele inferno. O mesmo ambiente que a sociedade julga ser a MARGEM. Pensei comigo: “Eu tô à margem! Nascido no grande ABCD, filho de maranhense com paranaense, sangue negro misturado com indígena! Sem chance! Pra polícia mais um alvo!”. E sou! Agora, tô aqui, certo? Firmeza! E se a gente conseguir fazer com que eles tenham outras perspectivas baseado nos cases de sucesso da quebrada e, que a provável reincidência não aconteça, fazendo a nossa lição de casa enquanto cidadãos preocupados com o futuro, não só da nossa geração, mas das que virão também. De que forma? Fortalecendo e propagando o diálogo para, a partir dele, podermos tirar o que é bom para todos em nossa comunidade. Fortalecendo as nossas raízes, e fazer de um jeito ou de outro que isso seja maior do que as ofertas de trabalho na boca, que não são poucas e nem miseráveis. Jogo sujo, mas meu amigo e minha amiga, a bola já tá rolando!

    Quem escreve é o empreendedor, ou empresário para o mundo dos businesses, mas quando a luz bate, a sombra projetada é de um cara que, quando moleque, no final dos anos 80, conheceu a cultura Hip Hop que o levou para outra dimensão de conhecimento que o seu mundo não pode me proporcionar.

    As palavras não são delicadas e nem muito pensadas como escritas para um edital. Elas saem como farpas afiadas que representam a dor da injustiça, da polícia que forja teu sobrinho, da raiva, da fome, do preconceito, do nojo que nasce das minhas mais profundas vísceras quando tentam me empurrar goela abaixo essa politicagem mundial que impacta diretamente na entrega de um serviço público de qualidade para reles mortais como eu, como você. Costumo dizer que vou acreditar em político quando eu o ver nas filas dos hospitais, ao meu lado, sendo vítima de médico que por causa da demissão de outro médico não atende seu pai que tá com a doença do século; ou quando parar sua nave na frente da escola pública (educação infantil, fundamental até o médio-a faculdade eles já dominaram), pra deixar o herdeiro ou herdeira. Não tô falando de quem come ovo e arrota caviar, mas dos grandes. Inquilinos das mansões públicas, que pensam que as Cidades, Estados, Países são seus e podem fazer deles o que eles ou elas quiserem. Estamos vivendo em uma nova era: a era da informação, da informática, ou como diz Seth Godin em Unleashing the Ideavirus, estamos na era das IDEIAS. Estamos mais ousados, abusados, tecnológicos, o trem tá sem freio, dascarrilhando, então sai da frente.

    Gallinho, meu irmão, sempre lembra do Raul: “Pena não ser burro, não sofria tanto!”.  Mas, me sinto muito feliz pela ignorância que me resta e só tenho a agradecer a Deus, aos meus pais, às parcerias, aos griots, aquelas pessoas que me fazem sair com um mindset nas nuvens em comparação ao momento de quando entrei pela mesma porta.

    Eu reverto toda a carga negativa que impuseram a essa descrição derivada da palavra Margem para algo que também podemos encontrar aqui: arte, molejo, jinga, cultura, mudança de paradígma e, como diz GOG: “A culpa é da cegonha!”. Me apoio na Geografia para algo filosófico e afirmo que quem é da Margem é Marginal.

    Elton Oliveira, t.c.c. DJ Preto EL. Quer trocar uma ideia? Tamo aê! Só chegar.

    Clientes

    Depoimentos

    Rápidas respostas por email. Ótimo trabalho!

    Aline Oliveira | São Paulo-SP – Produtora Programa ShowLivre

    Depoimentos

    Adaptação ao conceito do evento (infraestrutura, orçamento, condições de camarim, etc). Foi uma experiência bastante positiva, a equipe foi bastante profissional

    Leonete Regina Accetto | Santo André-SP – Coordenadora de Atividades de Cultura Prefeitura de Santo André

    Depoimentos

    Comunicação. Galera pró-ativa, bem disposta e muito profissional.

    Gerson Rodrigues – São Paulo/ SP – Programação Fundação Theatro Municipal

    Depoimentos

    Boa comunicação. Só positividade.

    Romulo Silva | Belo Horizonte/ MG – Coordenador Geral evento Cidade Hip Hop

    Depoimentos

    A facilidade da comunicação e a atenção de todos. Foi um prazer trabalhar com todos, com certeza voltaremos a fazer negócios.

    Eduardo Almeida Pizani | Lagoinha/ SP – Programador Festival Mundo de Oz

    Depoimentos

    A agilidade da equipe da produtora em atender às nossas solicitações e o comprometimento da equipe técnica. Nosso Centro de Referência se sente honrado com a participação da artista Ana Cacimba – membro do casting desta produtora – e esperamos contar com nova parceria de vcs para futuros trabalhos.

    Nardo Negreiros | São Bernardo do Campo/ SP – Curador Chácara São Silvestre